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Eu vivenciei a ditadura. Nasci em 1955 e, com apenas 9 anos de idade, vi a estagnação do processo democrático com a cassação dos grandes políticos brasileiros, como é o caso de Juscelino Kubitschek e muitos outros. Eu via as notícias e me empolgava no sentido de saber por que as pessoas que faziam grandes feitos e obras eram perseguidas e tudo o mais. Meu pai era um homem semi-analfabeto, mas era muito politizado: ouvia "Voz do Brasil" e discutia com a vizinhança sobre os interesses do Brasil com relação aos Estados Unidos, a Rússia etc. Eu o escutava sempre discutindo, no barbeiro, na feira. Eu cheguei a Brasília em uma situação muito delicada, pois acabara de perder meu pai, no dia 9 de setembro de 1972. Em fevereiro de 1973, com apenas 17 anos.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Nossa Homenagem ao Deputado Federal



Faleceu em Porto Alegre, aos 91 anos, o ex-deputado federal Floriceno Paixão, vítima de doença neurológica degenerativa.
Filiado ao PDT, Dr. Floriceno Paixão foi deputado constituinte e autor do projeto de lei que instituiu o décimo terceiro salário em 1962. O corpo de Floriceno Paixão será velado no Crematório Metropolitano São José e a cerimônia de cremação acontece às 20h. 
Trajetória Nascido em Taquara, em 29 de novembro de 1919, cumpriu cinco mandatos parlamentares e teve seus direitos políticos cassados pelos militares em 1969. Participou ativamente das ações políticas que envolveram o governo de Leonel Brizola no Rio Grande do Sul (1959-1963), como a Campanha da Legalidade, que garantiu a posse do presidente João Goulart, em 1961.
Também atuou como parlamentar no governo João Goulart e na defesa dos interesses gaúchos no episódio da intervenção do Banco Sulbrasileiro, em 1985. 
Foi autor de diversas obras jurídicas e fundador da antiga Editora Síntese, em Porto Alegre.
Era casado com Talita Coutinho Paixão e pai de Marco Antônio (fundador da Editora Notadez), Ana Maria, Luiz Antônio, Beatriz e Berenice Paixão. Deixa também netos e bisnetos.
Homem probo e figura importante da política brasileira, é exemplo de cidadania, honestidade na política e luta pelos direitos dos trabalhadores.
Em 2010, por ocasião de seu aniversário de 90 anos, foi homenageado com Moção de Aplauso no Senado Federal. Passamos a reproduzir a homenagem redigida pelo Senador Paulo Paim, amigo e companheiro político de Floriceno Paixão:
 “É com imensa satisfação que registro nessa Casa que no último domingo, dia 29 de novembro, na cidade de Porto Alegre, o Ex-Deputado Federal Floriceno Paixão, do PDT, completou 90 anos de idade.
Floriceno Paixão foi o autor de uma lei federal em 1962, que eu tenho certeza que na época, meu amigo Floriceno – que deve estar assistindo agora à TV Senado –, não faltou quem lhe chamasse de demagogo. Meus parabéns, Floriceno! Você, nem todos sabem, é o autor do 13º Salário, projeto que foi sancionado pelo Presidente João Goulart, uma das maiores conquistas do povo brasileiro. Sua atuação no parlamento, Floriceno – e eu aprendi com você –, foi voltada principalmente para as questões dos direitos dos trabalhadores, e para a questão dos aposentados e dos pensionistas. Floriceno tem dezenas de livros sobre a Previdência, e sempre demonstrando que a Previdência é superavitária, não é deficitária, desde que todos os recursos destinados à Previdência ficassem na Previdência.
Tive a alegria de ser Deputado Federal ao lado do Floriceno Paixão. Tive a alegria de ser Deputado Federal constituinte ao lado de Floriceno Paixão. Floriceno, como é bom ver os seus 90 anos. Como é bom saber que no mundo existem pessoas iguais a você.
Diante do exposto, Sr. Presidente, solicito a esta Casa que vote esta minha Moção de Aplauso a tão respeitável político brasileiro, advogado, escritor, editor, que orgulha todos nós. É um orgulho para o povo gaúcho. É um orgulho para o povo brasileiro. Paulo Paim”

Com nossos sentimentos, rendemos homenagem a este grande brasileiro, que seu exemplo permaneça vivo no coração da política nacional.

Notadez Informação*

*Com informações da Assembléia do RS e da Rádio Gaúcha


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